segunda-feira, 28 de abril de 2014

Passeios em Auckland e gratidão

Estamos em Auckland, cuidando da casa e da cadelinha de um casal de amigos, como comentei no último post. 
Igor passeando com o bebê-Caio perto da casa desses nossos amigos. Não é um sonho esse passeio?
E eu me senti muito especial. Idealize comigo: esses meus amigos abriram a casa deles para nós. Nos permitiram acessar todas as gavetinhas, todos os cantinhos, dormir na cama deles, estar com a cadelinha deles. Estou tão agradecida por eles permitirem estarmos aqui que acho que jamais conseguirei retribuir na mesma moeda e decidi que se não conseguir presenteá-los à altura nessa vida, vou presentear outras pessoas e espalhar esse sentimento por aí… :D
Os meninos (e eu, hohoho) estão aproveitando bastante. Veja:
Caio desenhando.
Igor fazendo experiências com a lupa e a luz do sol.
Anna cantando e andando de skate...
Eu fazendo origami… 
E o bairro também é uma gostosura. Vários parquinhos por perto e vegetação abundante.
Anna com a camiseta da caçula dos nossos amigos. Ela agora descobriu o armário fascinante da amiguinha… Ai, ai...
Caio em espiral.
Meus macaquinhos.
Run Anna, run!
Ah, adoro esses olhos que sorriem!
Caio aprendendo Jogo da Velha.
Pausa para um lanchinho.
Estamos na selva? Não… É o lugar que é lindo, mesmo...
Com direito a arco-íris!
E agora num outro parque. Pequenino, sem play area, mas muito bonitinho.
Passamos pelo portal! rs
Gracias a la vida… que me ha dado tanto!
Paisagem de encher os olhos...
Fizemos até um amigo. Meio paradão...
E nessa uma semana e meia que ficamos aqui sem o Jorge, porque ele tinha de viajar até Christchurch para participar de uma entrevista de uma empresa, tivemos vários momentos bons e ruins. O pior dos ruins foi me sentir esquisita por estar só com as crianças, sem um adulto para conversar, desabafar, trocar ideias.
O melhor dos bons foi perceber que o Igor, devagarinho, vai se desvencilhando do momento-tédio com mais agilidade.
Até fazer avião de tapete vale para sair do tédio.
 E ele me ajudou muito nesses dias em que éramos apenas eu e eles.
Com carinhas de sono, na Páscoa, após encontrar os ovinhos...
Mas aí veio uma dúvida com relação à desescolarização: como mostrar para o Igor que ele pode ajudar sem que eu precise pedir? Porque eu tenho a sensação de que todas as vezes que eu peço sua ajuda a atividade fica vazia de sentido. É como se fosse importante fazer porque eu "estou mandando". E por ele fazer, sem questionar, nem nada, não dá nem a possibilidade de conversarmos a respeito.
Se tento explicar, mesmo sem vir alguma pergunta, é pior, pois ele logo interrompe dizendo "Eu sei, eu sei".
E num desses dias ele ficou muito zangado comigo. Muito mesmo. Gritou, chorou, disse que me odiava e eu fiquei ali, parada, ouvindo e no final… meu sentimento era de gratidão. Parece loucura, mas fiquei realmente grata porque ele estava me falando as coisas, me dizendo como se sente. Meio destrambelhado e descontrolado, é verdade, mas eu fiquei tocada em como ele se critica, como ele precisa ser "perfeito". Fiquei com dó também.
Acho que toda mãe quer que os filhos sejam felizes e tenham apenas momentos de pura felicidade.
Os três brincando em paz.
Por isso, quando um filho se mostra triste, pressionado, com falta de amor-próprio, não tem como se sentir feliz. E depois, conversando com o Jorge sobre esse episódio, ficou claro para mim que o que eu quero é que a vida do Igor seja mais leve para ele, que ele não sofra tanto. Mas quem sou eu para poder determinar isso? Ah, se eu pudesse…
Mas o que eu posso fazer? Só estar aqui, caso ele queira contar comigo. Se não, ele terá de aprender por si próprio.
Estou tentando esperar menos coisas, mas é muito difícil. Sou ansiosa. O que eu pude fazer nesse episódio eu fiz, mas sei que esse é um processo pelo qual o Igor tem de passar. Assim como eu passei pelos meus processos para ser quem sou hoje. E, olha, não duvido que tenha muitos outros processos difíceis pela frente.
O dessa vez foi ficar sozinha com as crianças por um tempinho… Mas logo o Jorge chegou!
E no dia seguinte já  fomos passear!
Você acredita que a Anna estava chorando (porque definitivamente ela odeia carro) e que ela sorriu só pra tirar a foto?? 
Lago em Takapuna. Ô lugar bonito!
Não tem como não apertar!
Fiquei com saudades… :D (E ele diz que também ficou! uia!)
E, pra concluir, além de estar grata pela confiança depositada em minha família, pelo Igor ter desabafado, pelo lugar maravilhoso em que estou, pela pessoa que eu sou hoje e pelo Jorge ter chegado, eu recebi diversos "obrigados", vindos de várias pessoas, sobre o que eu posto aqui no blog. :) Não é pra morrer de amor? Eu é que sou grata por poder ajudar pessoas as mais diversas com algumas reflexões, sabendo que esse cantinho aqui nem tem pretensões de nada. Sou apenas uma mulher cheia de dúvidas, anseios e gratidão, compartilhando um pedacinho da minha vida. :)
Ah, outra coisa pra agradecer: a minha mãe mais linda e corajosa do mundo que vem nos visitar em junho. 
Um sorriso gostoso pra me despedir… :) Tem como não ser grata?

4 comentários:

  1. Adorei as fotos, a Anna parando de chorar para aparecer na foto, e a notícia maravilhosa da visita da sua mãe. Fiquei muito feliz por vocês!!

    E, olha, já te falei que sou sua fã? Acho que a maioria das mães ficaria feliz com a característica do Igor de ajudar sem questionar, de ser na dele... é o tal do "menino bonzinho, comportado". Aí ele explode, diz que te odeia e você, indo contra a maré das que se sentiriam rejeitadas, não apreciadas etc., sente gratidão por descobrir como o filho se sente. Porque você quer saber de verdade. Se interessa pelo filho que tem, não pelo que seria fácil ter. Grande mulher!

    Seguindo a linha do post, sou eternamente grata por você ter entrado na minha vida.

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    1. Lia, tenho uma teoria que diz assim: "toda recíproca é verdadeira". Então nem preciso dizer que também sou sua fã, né?? :D Beijos com saudades!!

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  2. Mulher, em um dos posts você disse que o Igor é muito parecido com você, né? E realmente você não pode passar pelo processo por ele, mas você pode ver o porque isso nele te incomoda e talvez, só talvez, seja porque você vê um pedaço seu nisso. Será que você também não precisa levar a vida com mais leveza? Você anda se cobrando muito?
    Se as respostas forem positivas, o seu processo para 'melhorar' isso será exemplo para que o Igor faça isso também.


    Beijos!!

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    1. Eu acho que já melhorei muito, Rô, muito mesmo. Ainda tenho TOC (rs), mas não como antes e também não me martirizo mais se alguma coisa deu errado e tals, mas claro que me vejo nas cobranças dele… Vc tem razão, talvez eu ainda precise afrouxar as minhas amarras… :) Obrigada pelo comentário!!

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