sexta-feira, 6 de junho de 2014

Lixo eletrônico

Antes de chegar aqui eu dei uma idealizada básica sobre o que seria um "país desenvolvido". Claro que esperei encontrar pessoas sem preconceito, conceitos mais comunitários, discussões sobre o meio ambiente de maneira mais efetiva, menos consumismo, proteção e compreensão para crianças, enfim… o meu mundinho idealizado, com tudo funcionando perfeitamente.
Não, não. Nenhum mundo perfeito existe, nem o meu. E fico meio decepcionada quando me deparo com o oposto do que eu esperava… (No Brasil isso também acontecia, mas lá eu não idealizava, né? Nasci lá e sabia que tinha de transformar-me primeiro para transformar o entorno, mas daqui eu criei essa visão "arcoirizada"… Vai entender!). 
Quando cheguei aqui e vi as mesmas noções machistas, o mesmo consumismo desenfreado, fiquei meio abobada. Mas devagarinho fui me tocando que… bem… o mundo é feito de seres humanos e… pois é… somos falhos. ;)
E então aluguei uma casa e comecei a conviver com coisas do dia a dia, como consumo de água e eletricidade (que aqui é beeeeeem cara), e descarte do lixo. Aqui em Wellington você tem de separar o lixo comum dos recicláveis (plásticos, papel, metal e vidro) e tem os dias certos de pôr na rua para o lixeiro retirar. Nesse dia, se você andar por aí, vai ver que muitas casas descartam lixo reciclável como lixo comum… Aí dá a maior tristeza no meu coraçãozinho idealizador.
Só que e-waste ou lixo eletrônico ou vai pro lixo comum ou você tem de levar na prefeitura. Pois bem, já que a mudança tem de começar por mim, lá fomos nós descartar o aspirador, o aquecedor, dois abajures e um desumidificador que o proprietário deixou para usarmos mas deu tilti. 

Família que vai jogar lixo unida, permanece unida.
Nos organizamos para sair logo depois do café e andar os 3km que nos separavam do local de retirada de e-waste. Fomos seguindo as indicações do Google Maps até que… ué, uma rua sem saída? Bom, mas tinha uma plaquinha dizendo que era um trecho de caminhada. Lá fomos nós.
Lá no alto, paisagem linda!

Será que o Igor é o Rei Arthur?

Ou o Caio?
Quem diria que ser responsável nos traria essa grande surpresa?
Claro que a caminhada foi longa e o Jorge chegou a parar e dizer que não continuaria. Felizmente, no ápice do conflito entre ir e não ir, um senhor, motorista de caminhão, se ofereceu para levar o nosso lixo até o destino final! :)

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