terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Anna me surpreende...

Sei que o que vou escrever agora é o maior lugar-comum, mas vou escrever mesmo assim! :p Você pode pular esse post, se achar melhor (mas não deixe de ver as fotos da Anna, né...? Coisa fofa a gente não pode dispensar!).
As crianças (e nossos filhos) nos surpreendem demais! Pelo menos para mim essa sensação é fortíssima. Quando eu penso A eles me mostram o abecedário inteiro e fico pensando como sou simplista... 
Com a Anna, claro, não podia ser diferente. Essa menininha veio para me surpreender numa porção de coisas...
Por exemplo, não posso esperar que ela pegue meus sapatos para brincar de ser mamãe ou gente grande.
Na verdade, ela vai fazer meu sapato de carro, e os seus próprios, de passageiros. 


Também não posso achar que ela quer uma faixa no cabelo para enfeitar seus cachos. Ela quer uma trança longa, igual a da Rapunzel.
E essa Rapunzel anda de bicicleta.
Mas já sei que posso esperar uma ótima interpretação, até mesmo quando digo: você está presa nos porões do castelo!

 E também posso esperar que ela tenha um grande interesse pelas letras.
Anna recitando e escrevendo o abecedário (em inglês. Em português ela ainda não sabe...).
E, por último, já sei que posso esperar que ela saiba muito bem o que quer... Até a adaptação do sofá em "cama da Anna" tem todo um ritual...

Além de me surpreender, ela, claro, me ensina muitas coisas. E a primeira delas é como lidar com ela. Não tenho acertado muito, mas hoje sinto que estou começando a entender algumas coisas. Para mim, entretanto, o mais difícil é conseguir ajudá-la a expor seus sentimentos. Começo lindamente com "sim, entendo... Ah, aconteceu isso?" e acabo com "Ah, Anna, agora chega, né, filha!".
Hoje foi um dos dias que deu tudo certo. A Anna estava escrevendo o abecedário com letrinhas magnéticas na geladeira. Ficou bons minutos trabalhando nessa obra de arte. Deixei-a e fui cuidar da roupa. Ouvi-a gritando com os meninos.
Fui ver o que estava rolando.
Anna: Eles não me ouviram.
Igor: Nós estamos jogando xadrez.
Eu: Ah, você veio falar alguma coisa e eles não prestaram atenção?
Anna: É, eu queria falar das letras na geladeira, que têm ímã.
Eu: Ah, e você queria que eles soubessem o que você fez?
Anna: É.
Eu: Caio, Igor, vocês podem dar só um pouquinho de atenção para o que a Anna vai falar?
Eles: Hmmm...
Eu: Pode contar, Anna.
Anna: Eu fiz o ABC na geladeira. Tem ímã.
Eles: Ah.
Eu: Caio, você não quer ir dar uma olhadinha?
Caio: Tá.
Ele foi, a Anna foi feliz, contando o que tinha feito e tudo acabou bem. Aí, claro, eu precisei contar com a colaboração do Caio, que poderia simplesmente ter dito que não e aí eu teria de explicar para a Anna que depois que ele terminasse o jogo poderia ver ou algo assim... Mas a gritaria foi só porque ela falou uma coisa importante para ela, e eles, entretidos, não deram atenção. Isso a tirou do eixo. 
O problema é que nem sempre consigo identificar o que a tira do eixo para conseguir mostrar minha compreensão... Por tentativa e erro vamos tentando lidar com as explosões por aqui. 

Um comentário:

  1. Podia ser eu escrevendo sobre a Iris. Aprendendo e pirando a cada dia, né, Pê? Força, amiga. Sua Anna é uma fofa, criativa (os sapatos! morri hahaha) e - pense pelo lado positivo - determinada :)

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