segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nem tudo dá sempre certo mais uma vez...

Continuando a temática do "nem tudo dá sempre certo", hoje fiquei realmente brava com o Igor. Falei duro, alto, desabafei dizendo que meu saco estava cheinho, desse tamanho assim ó, e quase arranquei risadas no meio da bronca. Fui me acalmando e consegui explicar para ele o que eu acredito como saudável: respeitar um ao outro, não impor sua vontade, não ficar "torturando" o outro etc. e tal. Vocês lembram que eu já comentei aqui que ele faz bulling com o Caio, né? Enfim, foi aquele gasto de energia…
E depois fiquei refletindo sobre se estou acertando. A impressão que tenho é que com ele eu só erro… É tão difícil explicar as coisas pra ele, mostrar as coisas, enfim… Tudo ele critica, tudo ele acha que é uma crítica, tudo é ruim, tudo é mau. Eu sou um pouco pessimista, eu sei, mas o acho bem mais pessimista que eu. Ele pegou o meu pessimismo e deu uma multiplicadinha… hahaha
Bom, mas ontem eu e o Jorge também estávamos falando sobre o kung-fu. Nós insistimos para que ele fizesse kung-fu por causa dos exercícios físicos e também para começar a fazer amigos por aqui. Entretanto, segunda-feira foi a terceira aula dele e, ao chegarmos lá, seus olhos encheram-se de lágrimas. Fiquei muito mal. Senti que não estava fazendo certo. A minha intenção é boa, mas se causa tanto mal-estar, acho que vai fazer mais mal que bem… E, conversando com o Jorge, achamos melhor não levá-lo mais ao kung-fu e não obrigarmos ele a fazer atividade física. Sei que ele precisa, sei que há um grande desequilíbiro entre corpo e mente no pequeno, mas quando o sentimento não é bom, melhor parar. É igual alimentação: se você obriga seu filho ou filha a comer algo, mesmo que seja o melhor dos brócolis orgânicos, fará mais mal do que bem, pois os sentimentos também produzem química em nosso corpo. E se eu deixo o Caio comer só arroz e feijão, por que não posso deixar o Igor escolher por si? 
Sei que essa minha insegurança toda é por causa do histórico dele, mas chegou a hora de confiar no meu pequeno. Ele vai encontrar sua turma, vai encontrar sua confiança e vai conseguir alcançar o equilíbrio necessário. E eu também! rs…

Coincidentemente (sabem que eu não acredito em coincidência, né?), ontem eu e o Jorge assistimos ao filme After Earth, com o Will Smith e o Jaden Smith. O filme é de ficção científica, mas trata justamente dessa relação pai e filho. O pai é controlador, autoritário (oh, parece alguém que eu conheço!! rs…) e o filho é bastante inseguro. Quando finalmente o pai sai de cena, o filho consegue se libertar e encontrar seu caminho. O pai continuou lá, assistindo a tudo, mas não tinha como interferir. E, no final, o pai também estava lá para abraçar o filho e fazer-lhe continência… :)
Um solzinho ajuda também, né?
Igor dando um duro no kung-fu.
E Igor dando uma puladinha… Taí… Acho que o lance é aquilo que falei aqui: aprender com diversão. Se exercitar com diversão talvez seja o caminho!

4 comentários:

  1. eu tb tenho essa impressão com o joão. acho muito difícil…… deve ser porque ele é muito parecido comigo. ha ha ha

    beijo

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    1. Quanto mais espelho, mais difícil, né, Thais?? Mas vamos que vamos! Uma hora o negócio desenrosca. Na adolescência, quem sabe, né?? (Ai que medo!!!! hahahahaha)

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  2. Pobre Igor. Já não está mais naquela idade de fazer amizade fácil como os pequenos, né? Eles, por mais tímidos que sejam, ainda conseguem não pensar no que os outros irão achar deles. Mas com 11 anos as coisas são diferentes, e estar num lugar estranho, falando um idioma estranho... deve ser estranho. hahaha
    E acho que a paciência tem que ser ainda maior porque ele não é obrigado a se relacionar com ninguém, como seria se ele fosse à escola. Se fosse, acabaria tendo que se relacionar. Mas ele tem opção de ficar na dele e adiar o máximo possível essa integração.
    Se essa dificuldade é por causa do idioma, vc e o Jorge não estão em situação muito diferente da dele: estão estudando inglês para depois procurarem um emprego, porque aí conseguem coisa melhor. Ele também. Está absorvendo o idioma e, na hora que ele sentir que consegue se comunicar bem, vai fazer os amigos que ele escolher, e não aqueles que o aceitem mesmo ele falando um inglês "ruinzinho".

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    1. Vc tem razão, Lia… O tempo é dele. :) Seguimos respeitando-o.

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