quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Ironia

Quando eu estava na faculdade, eu fiz um trabalho sobre ironia em literatura alemã. O seminário foi, como não podia deixar de ser, bem irônico e eu adorei o tema, o trabalho, meus colegas de grupo. É uma daquelas coisas que eu olho com orgulho por ter feito. Sem contar que entrei em contato com Schlegel, a quem desconhecia (até comprei dois livros dele na época, de tão apaixonada que fiquei... hehehe).
Pois bem, voltando aos nossos dias, uma das coisas que me desagrada na maioria das escolas é a necessidade de se permanecer sentado a maior parte do tempo. Tanto que quando saí em busca de escolas para o Caio (e depois para a Anna), um dos critérios de exclusão era a presença ou não de mesinhas e cadeiras (estou falando de um bebê e uma criança de 3 anos, veja bem!). Imagina quantas eu excluí por causa desse mobiliário...

E daí que eu me decidi pela desescolarização, e daí que eu liberei geral a questão da mesa e cadeiras (nem exigir mais a presença deles em torno da mesa na hora da comida eu exijo) e daí que... pois é... eles passam grande parte do dia sentados, fazendo seus projetos...
Igor e seu projeto: mais um gibi (tá bom, ele não está bem sentado numa cadeira...).
Caio concentrado escrevendo alguma coisa em sua história (também fazendo um gibi).
Irônico, não? :p

Deixando a brincadeira de lado, no fundo o que importa é a liberdade, afinal, eles não são obrigados a ficar sentados, escrevendo ou desenhando ou pintando. Eles querem fazer isso. E quando eles se cansam, se levantam. Simples assim. O problema da escola é justamente esse: tentar domar o corpo dessa maneira, obrigando, castigando, ameaçando... Que triste!
E eu só como sapateando pela casa... Yeah, yeah!

2 comentários:

  1. A Anna de princesa é demais. Ai, essas mães frescurentas que passam as manias de padrões de beleza para as filhas desde novas. Aposto que vc já está pesquisando sobre a idade ideal para começar a fazer relaxamento no cabelo dela.

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