Em um e-mail, certa vez, ela me perguntou como é que eu dava conta de trabalhar e estar com as crianças em casa e pediu que eu descrevesse mais ou menos como eram meus dias por aqui. Faço isso já, já. Mas antes devo dizer que eu é que a admiro por conseguir fazer pós à distância, estudar diversas línguas e se manter tão atualizada também ficando em casa com a primogênita. Ela é incrível! Eu e o Jorge sempre nos lembramos do quanto ela sabe, do quanto ela se esforça… E tenho certeza de que agora, com duas pequerruchas, ela será ainda mais potente.
Mas vamos lá… Vou contar mais ou menos como foram essas três últimas semanas. Duas delas com um trabalho atrasado e a outra sem o trabalho.
Nas semanas com trabalho eu acordava entre 7 e 8 horas, tomava café, servia o Caio ou a Anna, caso eles já estivessem acordados, e ia para o computador. Lia rapidamente meus e-mails e retomava o trabalho. Em geral as crianças me "deixavam" ficar no computador até 11h ou 12h. Se eles estavam mais afoitos pela minha atenção (o que era bem comum), eu iniciava alguma atividade com eles, como pintura, massinha, empilhamento de rolos de papel higiênico, enfim… Até eles estarem bem entretidos e voltava ao computador. Parava para fazer o almoço, almoçava com as crianças e logo depois do almoço a Anna geralmente dormia e os meninos pediam para ver o filme do dia. Aproveitava mais 1h ou 1h30 de computador.
Massinha é uma brincadeira bem interessante. Eles ficam entretidos por até 1 hora (e sem brigar!). |
Filme dentro da cabaninha. |
O segredo é não se desesperar, o que nem sempre eu conseguia… Principalmente quando me programava para fazer X imagens e as crianças estavam hiper carentes… Aí era me esforçar para esquecer a programação e me entregar às atividades com as crianças.
Na semana sem trabalho eu já fiquei sem "programação", apenas com o intuito de continuar estudando inglês e desescolarização. Então a rotina era a mais ou menos a mesma, mas eu não tinha o compromisso de voltar ao computador por todo o dia. Deixei a noite reservada para a leitura dos meus textos e vídeos. Ah, no meio disso também estou me esforçando para continuar sendo assídua a um grupo de estudos da Ética, de Espinosa.
A conclusão que tiro é que me sinto o dia todo com as crianças, mesmo que não fique do lado delas. Estou sempre disponível ou procuro estar. Às vezes não consigo, principalmente quando estou cozinhando. Então peço ajuda para eles, quando possível, porque assim eles ficam comigo e consigo terminar de fazer a comida.
Eu acho que o que me ajudou a não ficar doida ou extremamente exausta ao final do dia é ter abrido mão de algumas coisas antes impensadas para mim, por exemplo, no cuidado com a casa. Eu não passo mais roupas (o que me tomava muito tempo e não faz diferença para mim sair amarrotada ou não), não faço mais faxina (prefiro limpar na hora que acontece algum "acidente"), abro mão de cozinhar alguma coisa elaborada ou até de comer comida em um dia mais cansativo ou difícil, não espero ser perfeita.
Além disso, não me sinto sobrecarregada, pois o Jorge e o Igor também têm suas responsabilidades com a casa. O Caio e a Anna também entram na dança, pois acho que desde cedo temos de aprender a cuidar no ambiente em que vivemos.
Eu espero que assim como eu a minha amiga também encontre uma forma de se sentir leve, mesmo com uma criança a mais na vida… :)
Atenção e cuidado na hora do sorvete. Sim, meus filhotes são tudo pra mim... |
Não tinha visto esta postagem, poxa!! Pelo jeito esse negócio de avisar por e-mail sobre novas postagens não funciona, porque eu não recebi nada =(
ResponderExcluirEm primeiro lugar, obrigada pelo carinho! Estou aprendendo a ser mais leve, deixando de lado coisas que estou descobrindo que só atrapalham a vida. E muitas vezes penso no quê vc faria se estivesse no meu lugar. =)
Adorei saber como as coisas por aí se passam. Foi um texto cheio de carinho de mamãe! Só não entendi de onde o Jorge volta. Do curso de inglês?
Ué… Eu estou recebendo os posts por e-mail… que será que eu fiz de errado??? Já percebi que os comentários eu tenho de entrar para liberar (hahahaha - cabecinha…). Vou dar uma "reolhada". E o Jorge estava voltando do inglês, sim, mas às vezes emendava um jogo ou uma ida ao bar. :)
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