Aprendendo coisas novas...

Eu disse aqui que o Igor está acompanhando o Manual do Mundo, né? Então vira e mexe experiências e receitas novas aparecem por aqui...

Uma bem bonita (e não tão gostosa porque eu não gosto de gelatina) foi a gelatina de arco-íris. Pena não termos a forma de silicone para desenformá-la de forma perfeita... Ela se quebrou! :'( O Igor ficou bem chateado, mas olha só como ficou lindona:

E, de acordo com os pimpolhos, deliciosa! :)

Outras experiências que estão ocupando vários dias do Igor são aquelas que envolvem magnetismo, como esta abaixo:

A plaquinha laranja está "voando" com a força do ímã. Legal, né?

Ele e o Caio até compraram uma leva de ímãs especiais, chamados ímã de neodímio (ou superímã ou ímã de terras rasas -- ele está assoprando os nomes pra mim, claro!). Eles já estão bolando várias experiências...
E eu estou trabalhando como professora de português para estrangeiros! Iu-hu! Eu adoro dar aulas, não tem jeito... O gene da minha mãe passou direitinho para mim e minhas irmãs... :) As três professoras.
Foi meio que "na sorte", porque comecei a me desesperar com a falta de dinheiro depois que o projeto em que eu estava trabalhando foi cancelado e comecei a pensar nas coisas que poderia fazer para ganhar alguma coisa... Daí que uma amiga (obrigada, Alê!) comentou que eu poderia dar aulas de português. De verdade eu achei que ninguém aqui quisesse aprender português, mas eu estava enganada! Tenho duas turmas, uma de básico e a outra de intermediário e também um possível aluno particular (deve começar em abril).
Com uma novidade dessa, tenho aprendido muito. Afinal, nunca dei aula de português para estrangeiros! Todo dia um aprendizado novo...
E bota a criatividade pra funcionar, porque o material que os alunos ganham é bem... hmmm... como posso dizer... pobrinho?
Daí que juntei uma ideia que minha tia tinha falado, o assunto que eu precisava trabalhar e pus meus pimpolhos para testar meu jogo, que agora se chama: Any direction.

Foi aprovadíssimo! Depois que usei, os pimpolhos quiseram jogar mais vezes! 

Claro que uma noite de trabalho por semana não paga nossas contas (não chega nem perto), mas como pôr em números a experiência que estou ganhando? Os encontros que acontecem? As pessoas que conheço? Ah, como eu queria que cada uma dessas coisas custasse assim uns 100 dólares! Aí acho que já poderia ficar tranquila...
Voltando às crianças, vejo que eles estão se desenvolvendo cada vez mais nos projetos escolhidos. Olha só esses vídeos que o Igor e o Caio fizeram, do projeto Stop Motion:

Ideias fantásticas, direção idem! Eu não faria melhor! Na verdade, faço bem piorzinho, olha só:

Nesse meio tempo, uma moça do Ministry of Education me ligou para pedir que eu complementasse dois itens do meu relatório para pedir autorização para ensinar o Igor em casa (leia aqui). Reli o que escrevi pra ela e não achei que pudesse complementar com algo mais, então dei exemplos...
Nessas duas semanas, por exemplo, o Igor (especialmente, mas não só) conversou comigo sobre bactérias, fungos e protozoários, os reinos em que nós dividimos os seres, os átomos, fez todo o tabuleiro do jogo para mim (mediu, riscou, coloriu, definiu a casa de início e a de término), leu livros em português e em inglês (alguns em voz alta para o Caio e a Anna), desenhou com grafite, treinando fazer sombras, tocou piano do tablet, criou diversos objetos em Lego, fez contas (por causa da compra que ele fez dos ímãs, precisou pesquisar o mais barato, essas coisas..., e também para cozinhar metade da massa de uma pizza e revimos potência de 10, que apareceu em um dos textos sobre as microcoisas que ele estava lendo), criou mais um elemento para seu livro de invenções, escreveu cartas, fez os filmes de stop motion, andou de patinete, fez ginástica...
Fiquei pensando que não é possível que na escola ele visse tudo isso de maneira significativa. Então não sei direito o que a moça, afinal, queria ouvir (ela disse que parecia que ele "estudava" por três horas por dia), e talvez ela já tenha seu veredicto pronto e não vai dar muita bola pro que eu escrevi, mas o fato é que quando eu paro para pensar nisso tudo que ele tem acesso eu tenho certeza de que fiz uma boa escolha e que, no fim, estamos todos aprendendo...