Eu sempre me considerei feminista. Meu primeiro poema, aos 8 anos, tinha cunho feminista. Minha mãe era feminista e ia aos encontros da União de Mulheres, em São Paulo. Até conheci a
Amelinha.
Mas então no parto da Anna algo se acendeu em mim. Algo diferente, uma nova forma de pensar e ver o mundo. Me redescobri feminista, reconheci meu discurso machista. Me vi leoa.
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Graurrrr.... |
A primeira mudança foi o modo como vi a mim mesma, meu corpo e meus desejos. Também comecei a notar mais à minha volta, as falas, os pequenos machismos, ou melhor,
machismos em pequenas atitudes... E passei a estudar cada vez mais o que é, afinal, o machismo, as questões de gênero (incluindo todas as variáveis), os preconceitos, as exigências sociais e cada vez mais tenho certeza de que ainda preciso desconstruir muita coisa dentro de mim.
O bom dessa desconstrução acontecer agora é que ainda há tempo dos meus filhos a observarem e, quiçá, pegar o caminho menos pedregoso e poder melhorá-lo ainda mais.
Ainda temos muito o que aprender e praticar na nossa casa, mas já aceito numa boa quando a Anna diz que é um menino (e me corrige quando chamo-a de "fofa"... "Sou menino, mãe, é 'fofo'"), corrijo prontamente quando dizem que chorar é coisa de "bebezinho", quando a Anna quer ser Spider-Man ou quando o Caio quer assistir as meninas Super-Poderosas ou Dora, the adventurer (porque, né, isso é coisa de menina...).
Porque gênero é a última coisa que precisamos considerar. Antes de tudo, somos pessoas. :D
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Ou cachorra! |
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Ou o menino dos olhos que nunca fecham! |
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Ou zumbi! |
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Ou Spider-Man! |
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Ou Spider-Man! |
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E cada um é de um jeito... Menina, menino, menina que é menino, menino que é menina... |
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E brincadeira não exige gênero! |
O mundo agradece por os seus filhos crescerem em um ambiente feminista. =)
ResponderExcluirPS: Adoro essas pinturas de rosto.
Pê!!
ResponderExcluirQuanto tempo e que saudade!
Passando para te deixar um beijão! :o)