Sabe quando você já fez tudo o que pôde para se manter nadando, já observa a terra à distância, mas simplesmente não tem mais forças para dar a próxima braçada? E, no desespero para sobreviver, vira-se e se deixa levar pelas águas, rezando para que elas te levem à terra almejada? Então. Essa aí boiando sou eu.
Será que eu chego? Será que eu chego? |
Nunca tinha imaginado que imigrar fosse tão... tão... desgastante! A saudade me desgasta. A insegurança me desgasta. O não reconhecimento (de que vale tanta técnica e experiência, se a língua é um empecilho?) me desgasta.
Mas eu insisto, persisto, acredito.
Não tenho por que achar que algo vai acontecer. Sério. Desde fevereiro estou esperando por esse "milagre" e nada - nadica de nada - acontece. E lá dentro eu só consigo ter esperanças de que, sim, vai acontecer algo. E logo.
E nunca acontece.
Não sei dizer se essa característica é algo pessoal ou é mais um traço coletivo de personalidade. Talvez eu esteja impregnada daquela ideia de que "brasileiro não desiste nunca" e por isso tento, re-tento, tre-tento...
Várias vezes me perguntei e perguntei ao Jorge se não valeria a pena desistir, voltar, tentar outra hora, mais preparada, e ao mesmo tempo sei que não é isso que quero.
Por que morar aqui por mais tempo seria tão importante para mim? Talvez seja para eu resolver essa questão com a língua de uma vez por todas. Talvez seja por que não consigo me ver mais morando no Brasil. Talvez seja por que imagino que chegamos tão longe e podemos ir além.
Fato é: está difícil pra caramba.
Vontade de te dar um abraço bem apertado ao ler o seu post. Vocês são muito guerreiros. Estou aqui torcendo muito por vocês e para que essa fase difícil passe logo.
ResponderExcluir