4º e 5º dias: Estrada, aí vamos nós!

De verdade, só depois de sairmos do retiro é que me senti viajando na campervan… :) Porque aí tínhamos de procurar um camping ground para ficar, visitar o centro de informações turísticas da cidade para descobrir o que fazer, pensar na rotina, considerando a falta de energia ou o acesso a ela, a dinâmica com as roupas e louças etc.

Lavando roupas... 

Saindo para comprar snacks e conhecer as redondezas...

Vendo o pôr do sol do parquinho ao lado da praia.

Sem contar que caiu a ficha de que aqui na Nova Zelândia estrada e internet não se combinam… Talvez se tivéssemos um smartphone e um plano de internet não teríamos tido esse problema, mas isso também não resolveria a questão, pois o meu trabalho teria de ser passado pelo computador e… enfim! Não tínhamos internet a dar com rodo e eu fiquei apreensiva com um trabalho que tinha topado fazer e não ia conseguir entregar… Fora isso, o Jorge também tinha um job para entregar...

Jorge tentando trabalhar com um tico de internet que ele comprou por muitos dólares e não sobrou pra mim… chuinf...

Então enquanto passeávamos, no fundo eu ainda pensava no trabalho, que teria de pelo menos dar uma satisfação, rever prazo ou até mesmo cancelar. Mas no fundo eu também pensava: no próximo camping ground a internet vai ser mais barata e eu vou conseguir resolver isso.
Enquanto isso, na campervan, as coisas iam se ajustando. Nós revimos a divisão de camas, pois achamos melhor dormirmos eu, o Jorge, a Anna e o Caio juntos e o Igor e a minha mãe juntos, mas o Igor preferiu dormir sozinho, então diariamente a mesa do café (na foto abaixo) virava cama para ele. A cama da minha mãe era em cima da cabine do motorista e ficava montada e a nossa cama também mantínhamos montada, para ter menos trabalho. A cama do Igor não podia ficar montada, porque além de ser nossa sala de jantar ainda era os lugares com os cintos. :)

Café da manhã antes de pegar a estrada… Noite mal dormida, dona Izabel? :p

O primeiro lugar que paramos foi uma praia perto de Wanganui (ou Whanganui… O nome varia igual a Mogi das Cruzes e Moji das Cruzes… hehehe), chamada Castlecliff. Não tinha muito o que fazer lá, só ver a praia, o parquinho que era do lado do camping ground e…. só. Então resolvemos sair logo depois do almoço para conhecer o centro de Wanganui.
Nas palavras do Igor:
23/06/14 Segunda-feira 
Hoje nós estamos em Wanganui!! É a segunda cidade. E hoje a minha mãe colocou Despicable me! Foi bem legal!

O filme eu coloquei à noite, antes de eles dormirem. Mas depois foi uma carta na manga para quando pegávamos a estrada, pois a Anna não suporta ficar muito tempo sentada no carro… Numa das paradas até comprei um DVD novo pra eles.
O centro de Wanganui era muito bonitinho, com um rio bem grande cortando a cidade. Já tínhamos passado ali antes, quando fomos visitar aquela vila comunitária, lembra? Mas não tínhamos parado na cidade. Dessa vez visitamos uma torre de onde é possível ver o rio desaguando no mar de um lado e as montanhas do outro.

A torre.

Para chegar lá, muitos degraus...

Muitos, mesmo...

Pra ser mais exata: 367 degraus. :p

Olha o rio!

Depois da torre e do apuro de ter perdido o Caio (já explico), almoçamos e fomos visitar um parquinho.
O sumiço do Caio foi assim: depois de descermos da torre, eu e o Igor fomos ao banheiro e o Jorge ficou com a Anna e o Caio. Quando saí, vi o Jorge em cima de uma outra torre menor e fui lá. "Cadê o Caio?", perguntei. Quando o Jorge disse que não sabia, começamos as buscas. Fui ficando tão nervosa, imaginando que ele se embrenhou pelo mato, que alguém levou ele, que… que… que… (cabeça de mãe desesperada é uma desgraça!). Então o Jorge decidiu descer para ver se ele tinha descido. Fiquei lá em cima esperando o Igor sair do banheiro e procurando pelo Caio. Depois não sabia se descia, se ficava lá para o caso de ele voltar… Depois de alguns minutos, eu e o Igor descemos e encontramos o Jorge, a Anna e o Caio lá embaixo. Ufa!!!!!
Então o passeio no parquinho serviu para me relaxar...

Até a minha mãe relaxou. Olha ela lá no gira-gira!

Cê viu que parquinho batuta, amor? Sim, vi, sim! :p

Igor e Anna explorando as esculturas/brinquedos.

Mostrando pra Anna onde estávamos e para onde iríamos...

Quem disse que só a Kahu Paikea* pode "pilotar" uma baleia, né? (*do filme "Encantadora de baleias")

E o Caio pode pilotar um foguete! :)

Depois do parquinho pegamos a estrada sentido Taupo. A Clotilde (nosso GPS) foi mó sacana! Não bastasse estar de noite, ela nos levou por umas estradinhas de terra com penhascos! Foi horrível e cansativo, pois eu e o Jorge, que estávamos lá na frente, ficamos muito tensos. Mas chegamos com vida!