Às vezes, só às vezes, sinto-me uma farsa. Sabe quando a gente tem a impressão de que falando é uma coisa, mas no vamos-ver é outra?
Digo isso especialmente com relação a ser unschooler. Acho que proporciono tão pouco para minhas crianças, especialmente quando leio os textos das blogueiras que acompanho (uma é
homeschooler e a outra é
unschooler) e vejo o quanto elas fazem com as crianças delas.
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As minhas ficam assim... Descansando... :p |
Depois, entretanto, principalmente quando converso com minhas amigas, percebo que é assim, mesmo, que não é necessário correr, e posso ensinar aos meus filhos o prazer do não fazer nada também.
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E eles podem ensinar aos filhos deles... Isso, Anna Pink, relaxa que eu balanço... |
O prazer de estar entre amigos, sem maiores preocupações.
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A única preocupação aqui é bater palma no compasso do "Parabéns a você". |
O prazer que um colo e um carinho proporcionam...
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Ou uma comidinha boa também... |
Que família não é tudo, mas pode ser muito por um bom tempo... Mas família + natureza + espaço público + comunidade pode ser tudo o que se precisa.
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A foto ficou boa por causa do fotógrafo! :D |
Que até jogos que você acha que não ensinam nada, podem ensinar muito...
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Por exemplo: como ter dor nas costas em 5 minutos. |
E que paciência e precisão podem ser necessários nos momentos mais diversos, mesmo numa tarde de domingo.
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Mais uma bolinha... e outra... e outra... Ih! Ficou grande! Vamos tirar... :p |
Tenho a impressão de que fomos educados para estarmos sempre ocupados, fazendo algo, incentivando, falando, explorando. As crianças fazem tudo isso sem percebermos, mesmo que estejam deitadas na rede, fazendo uma pulseirinha, andando de bicicleta, conversando com outras pessoas... Para mim, que sou adulta, isso tudo parece que não me acrescenta nada, mas... péra lá... eu já fui criança e já aprendi a fazer tudo isso! Então o que falta em mim nessas vezes que me sinto uma farsa é me lembrar de que quando fui criança, tudo era novo e interessante. Ver minha vó costurando por horas a fio (olha o trocadilho aí, gente!) era incrível; ver meu pai descascando batatas, idem; ajudar minha mãe com a horta e descobrir as minhocas, nojentamente interessante. No fim, não preciso fazer muito, mesmo...
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