sexta-feira, 26 de julho de 2013

Estuda, Penelope, e escolhe

Recebi um e-mail do encontro que acontecerá amanhã com alguns vídeos e textos para serem lidos. Já tinha lido um dos textos e um dos vídeos, mas achei que valia a pena rever. O vídeo que revi foi da Ana Thomaz, convidada para falar sobre a desescolarização.
A frase que me pegou hoje, ao ouvi-la novamente, foi "a desescolarização não é uma militância, mas uma escolha de vida". É exatamente assim que me sinto e que acredito. Funciona como o parto: a mulher pode escolher parir no hospital, em casa, na rua, na casa da mãe ou passar por uma cirurgia.
Tudo vai depender da história dessa mulher, do que ela acredita, dos seus valores etc.
O que tem de ser garantido, e por isso sou ativista, é justamente a possibilidade de escolha consciente. É muito fácil dizer que alguém "escolheu" pela cesariana se não foi informada sobre os riscos da cirurgia para ela e para o bebê, sobre as conveniências para os outros, sobre a recuperação do corpo diante de uma cirurgia como essa etc. etc. etc.
Da mesma forma acredito que deve acontecer com a escola e com as coisas que escolhemos estudar. Se eu for informada sobre os benefícios e malefícios de uma e de outra possibilidade, poderei escolher de forma mais autônoma e consciente.
Outra questão que pega é justamente essa: temos de ter consciência de nossas escolhas e arcar com os ônus e os bônus.
No Natural Coaching, a Anna Márcia me ensinou uma grande lição: ela sugeriu-me (e às mulheres lá presentes) que, a partir daquele momento, não disséssemos "as pessoas", "nós" ou "a gente", mas "eu". Essa simples mudança de léxico fez uma mudança tremenda em mim. Assumi para mim as minhas escolhas, meu jeito, minhas qualidades (boas ou não).
Por isso aqui no blog exercito o "eu" frequentemente e espero que não se zanguem. Já vi algumas pessoas acreditando que essa dinâmica deve-se ao fato de necessidade de ser notado ou algo parecido... ;)
Voltando aos textos e vídeos, um dos vídeos propostos para preparação ao encontro de amanhã era este aqui. O vídeo é interessante, mas o texto que o acompanha é imperdível. 'Bora ler?

Um comentário:

  1. hahaha meu pai sempre fala "a gente" em vez de eu, até em frases absurdas, do tipo "a gente está com gripe" ou "a gente estava tomando banho". E ele realmente é uma pessoa cheia de medos, que vive querendo se esconder. Agora as coisas se encaixaram. =)

    E, Pê, não se preocupe com o EU aqui no blog. O blog é seu, as ideias também, e se seus leitores estão aqui lendo, é porque têm interesse no que vc tem a dizer.

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