quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Calendário do Advento: 4º Dia

A atividade do quarto dia tinha um caráter mais natalino, já que levava as crianças a ter empatia com outras crianças que não tivessem brinquedos e tal... Porque eu acho essa época bem consumista e aqui em casa seguimos a linha de consumo também (talvez menos que em outras famílias, mas é que temos um padrão de consumo meio diferenciado, mesmo...). Então achei que seria legal pensar nos outros, dividir etc.

Entretanto, numa busca pela internet não encontrei um lugar bacana que pudéssemos ir lá doar. No meu sonho ideal, seria um lugar (ou uma caixa, que fosse!) que tivesse alguém que dissesse para as minhas crianças o destino daqueles brinquedos, quem seriam as crianças que os receberiam etc. e tal. Não queria simplesmente jogar um saco de brinquedos como se fosse numa lata de lixo, entendem?
Daí que eles separaram os brinquedos, mas ainda não doamos... Toinhoinhoim... Vou procurar com mais afinco. Acho que não estou sabendo usar as palavras-chave adequadas, talvez seja isso.
Mas nesse quarto dia, como eles ainda estavam empolgados com as tintas, pediram para usá-las novamente e... taram! A Anna descobriu que pintar o rosto pode ser muito mais interessante e divertido que pintar o papel!

O que é isso? Óculos? Máscara de super-heroína?
Só que isso deu uma dor de cabeça danada! Num outro dia, num momento de empolgação total com as tintas, a Anna pintou todo um lado do rosto (chamamos ela de Mística!). Daí que a tinta não é adequada para pele, pois fica dura, meio plastificada. Por causa disso, ela não podia abrir a boca direito, o que garantiu uma tarde inteira sem comer e sem ninguém entender o que ela estava dizendo. Era só um choro de boca fechada... Seria cômico se não fosse trágico. O mais trágico foi que ela não queria lavar o borrão verde de jeito nenhum. Tive de colocá-la à força no banho e, com muito custo, convencê-la a lavar o rosto. Depois ela comeu, mamou, dormiu, esgotada.
No dia seguinte, lá veio a belezinha querendo pintar o rosto de novo... Não tive dúvidas: pus meu lado autoritário para trabalhar e proibí pinturas extravagantes no rosto, sugerindo uma borboletinha, que não a impedisse de abrir a boca. Proposta aceita e felicidade garantida para todos!
Apesar de ser só uma borboletinha, a pose é de super-heroína, não é?

3 comentários:

  1. eu tb procuro há anos algum lugar onde a gente possa doar as coisas do jeito que vc falou, mas não encontrei até hoje. nenhum. os lugares que falam pra onde os brinquedos vão, só aceitam coisas novas. os que aceitam coisas velhas…… enfim.

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  2. na minha cidade pequena sempre doava nas creches perto de casa... sempre aceitavam... e falavam que o que não usassem na escola procurariam outras pessoas que precisassem... (uma era da prefeitura, outra "das irmãs" hehe.

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    1. A sua cidade pequena fica no Brasil, Flora? No Brasil é muito mais fácil achar, né? Já na Nova Zelândia é mais complicadinho... :/

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