domingo, 7 de dezembro de 2014

O que ou como?

Semana passada fiquei refletindo sobre uma pergunta que o Igor me fez. Ele me perguntou assim: "Mãe, como você faz para encontrar na internet um nome de um filme do qual você não se lembra?".
Sei que não foi a primeira vez que ele me perguntou "como", mas foi a primeira vez que eu senti que ele queria realmente saber do processo e não do resultado final. Vou dar um outro exemplo. Digamos que ele me perguntasse: "Mãe, como eu faço uma bolha de sabão grande?". Eu vou entender que ele quer saber os passos, objetivamente, e não a minha experiência com o processo. Agora, se ele quisesse chegar a essa experiência, eu acho que ele perguntaria assim: "Mãe, o que eu preciso fazer para ter uma bolha de sabão grande?".
No primeiro caso eu responderia apenas com "ponha sabão e água num pote, molhe as mãos e use uma como canudo". No segundo caso eu responderia "Você tem de encontrar a medida certa entre água e sabão para que ela possa crescer bastante e ficar grande, assoprando delicadamente pelo buraquinho de uma das mãos. Talvez você tenha de ir testando para ver se a quantidade de sabão é suficiente...".
Então quando ele me pergunta com foco no quê, eu respondo mais objetivamente. Quando ele me pergunta com foco no como, a tendência é eu mostrar para ele milhões de possibilidades...
E em geral eu, control freak, tendo a mostrar o processo, atropelando o interesse dele. Dessa vez senti que ele está interessado em desenhar seus próprios caminhos se baseando nas minhas experiências...
O que você acha? Tô delirando?

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